Algumas pessoas são mais impulsivas e tem facilidade de tomar decisões. Outros precisam de tempo para pensam e no exercício de ponderar os prós e contras de cada uma das opções, acabam perdendo horas de sono, tendo momentos de angústia e estresse. Principalmente quando a decisão implica em grandes mudanças ou pode ocasionar grandes perdas se algo der errado.
Se você for como eu que fico sempre pensando: “Será que vou ou será que não vou?”, “será que faço ou não faço”, … enfim, tiver muitos “serás” na cabeça, que consomem tempo e energia, aqui vão alguma dicas:
- Tome decisões quando estiver calmo e descansado – preferencialmente pela manhã. O cansaço físico e mental pode fazer com que tome decisões sem pensar, simplesmente para se livrar do assunto. Outra coisa, sabe aqueles momentos que alguém lhe para no corredor quando você está com pressa ou liga no celular numa hora inapropriada, você está entrando numa reunião, embarcando num avião ou mesmo no trânsito e lhe fazem uma pergunta que pede uma decisão? Acontece sempre não é mesmo? Evite se posicionar, há grandes chances que você diga um SIM, só para resolver logo a questão. Aposto que seu filhos já aprenderam isso! 🙂
- Que conselho você daria? – o New York Times sugere que você inverta a situação e imagine que quem precisa tomar a decisão que lhe aflige é um amigo e você precisa ajudá-lo a ponderar e aconselhá-lo sobre qual o melhor caminho. Toda decisão tem um lado racional e outro emocional. É com as emoções que temos a maior dificuldade de lidar, mas isso apenas quando o problema é nosso. Quando estamos aconselhando, conseguimos refletir com clareza e o caminho correto parece mais óbvio.
- Quanta informação precisamos? – o ser humano odeia a incerteza, a insegurança, o perigo. Por isso quando falta uma informação, o cérebro logo avisa que pode ser um dado importante e enquanto não temos as respostas que precisamos, não conseguimos decidir. Certamente estar munido de informações é importante para tomar boas decisões, mas será que existe um limite? Sim! A partir de um ponto, o excesso de informações e opiniões atrapalham. Com informações “sobrando” perdemos a capacidade de distinguir qual o peso de cada uma, quanto impacta de fato na decisão final. Por isso, não saia perguntando para todos seus amigos suas opiniões, restrinja-se a conversar com alguns poucos e especiais que acredita tenham algo interessante a lhe dizer.
- Calma, pode não ser tão importante, nem eterno – outra fator que nos faz perder o sono e dificulta nossas decisões é pensar que as decisões são muito importantes e irreversíveis. Claro que decidir por uma mudança profissional, de cidade, de país, decidir se casar, se divorciar ou tantas outras, são decisões que tem um peso, mas mesmo assim podem ser vistas com calma, sabendo que a repercussão que a mudança vai causar na sua vida, nem sempre é tão severa nem eterna quanto parece num primeiro momento.
- Planilhas – se ainda estiver indeciso e quiser usar sua razão para finalizar, use uma planilha ou uma matriz de decisão. Como vai fazê-la, fica a seu critério. Você pode fazer algo simples como colocar prós e contras de uma única opção ou fazê-la mais completa, com mais de uma opção, os critérios importantes para você e ainda peso para cada uma das opções, como a matriz abaixo.
Veículos | X | Y | Z |
Itens Importantes | |||
Marca | 9 | 3 | 3 |
Economia | 9 | 9 | 3 |
Design | 3 | 9 | 9 |
Valor das revisões | 3 | 1 | 1 |
Segurança | 9 | 3 | 3 |
Motor | 9 | 9 | 9 |
Preço | 9 | 3 | 3 |
… | 51 | 37 | 31 |
Assim parece muito claro que a opção X é a melhor de todas. E o meu último conselho é decida de uma vez e não olhe para trás. O processo da indecisão é angustiante e desgastante. O melhor a fazer é ser feliz com a decisão que tomamos. Ter a habilidade de ver o lado bom de tudo que acontece na vida é uma dádiva a ser cultivada. O pior lugar é em cima do muro!
Boas negócios!